terça-feira, dezembro 04, 2007

 

O eclipse e o amor



No eclipse do sol

O sol beija a lua

No eclipse do amor

A minha boca beija a tua

Helena Sofia Moura

sábado, dezembro 01, 2007

 

A Minha Infância



Quando eu tinha apenas dois anos e o meu irmão três, fomos tirados da nossa mãe. Havia polícias por todo o lado, ainda hoje não percebo porquê.
Fomos os dois para uma casa de acolhimento onde nos tratavam mal, batiam-nos. Mas lá, nessa casa, não éramos só nós, havia outras crianças que não conheciam os seus pais. Fiquei nessa casa até aos meus onze anos e o meu irmão até aos doze.
Depois fui para a Escola da Agrela onde conheci a professora Sofia, que era de Português. Quando eu tinha uma nega, começava a chorar, tinha medo de ir para casa da família de acolhimento.
A professora de Português começou a perceber o que se passava e foi falar com pessoas e contou-lhes o que se passava. Depois pediu os papéis de adopção. É por isso, que quando alguém diz mal de uma pessoa que tem dificuldades na vida, eu digo: “não digam isso! Sabem porquê? Eu sei o que é levar dos pais, sei o que é roubar para comer e pedir”.
É graças a esta família, que eu agora não tenho medo das pessoas nem da vida.
Isto aconteceu mesmo! Agora tenho uma família que me adora! Esta foi a história da minha vida que mais me marcou. Eu conto-vos esta história porque confio em vocês e porque são todos os meus melhores amigos. Eu agora sou a Fifi e não a coitadinha que foi adoptada! Agora sou igual a vocês, por isso, tratem–me da mesma maneira que trataram até agora.
Contei esta história para vocês me ficarem a conhecer bem e perceberem que há muitas crianças que eu conheci que foram tratadas ainda pior do que eu.
Pensem sempre na vida dos outros.
Helena Sofia da Silva Pimenta de Medina e Moura

segunda-feira, novembro 19, 2007

 

Se eu fosse uma castanha…

Se eu fosse uma castanha…

Se eu fosse uma castanha, estaria dentro de um ouriço num castanheiro e cairia em Outubro ou em Novembro.
Um dia, finalmente, cairia. Ali no chão uma ventania enorme far-me-ia rebolar para junto de uns arbustos pequenos, até que, de repente, alguém me apanharia e iria ser levada para uma casa alegre.
Pousada numa cesta de palha, com muitas outras castanhas, estaria dez dias e no dia onze de Novembro, dia de S. Martinho, iria para o forno.
Já sem casca, numa travessa, seríamos todas comidas, uma a uma.
Da travessa iríamos para o estômago, do estômago iríamos para dois sítios que não posso dizer o nome e de lá iríamos para o esgoto. Do esgoto iríamos para o rio e do rio iríamos parar ao mar!
Manuel J. C. R. Pimenta - 3ºano - (Novembro, 2007)

domingo, novembro 11, 2007

 

Som da Chuva

Som da chuva
O som da chuva é como uma alegria no meu coração: bate, bate fortemente no chão, é como um som claro e inspirado. Eu chamo-me Francisco tenho dez anos e vivo em Portugal. Quando chove, eu ouço o meu coração a bater, sinto alegria, amor, carinho e penso nos meus pais, principalmente no dia em que se divorciaram. Esse dia foi o dia em que o meu coraçãozinho, chorou, chorou, gritou, tentou ganhar coragem para continuar a ser feliz, feliz. Um dia eu disse para mim mesmo: “A minha vida é uma alegria, mas só existe um senão: é estar sol, porque eu queria falar com a minha amiga chuva.”
-Chuva! Chuva! Chuvinha!
-Sim, Francisco. -Respondeu a chuva.
-Olá cara amiga. -Disse eu.
-O que tens Xico? Pareces estar triste…
-Sim, porque não tenho ninguém com quem desabafar desde que acordei…
-Conta-me coisas da tua vida! Eu já não te via há muito tempo.
-Estou no 6º ano, tiro boas notas e adoro a minha família.
-E também ouvi dizer que tens uns tios novos.
-Sim tenho! É o Hugo e a Fifi. Eles são muito meus amigos. Tchau! Tenho de ir!
-Tchau, até um dia!

Francisco Medina 3-11-2007

quinta-feira, junho 21, 2007

 
O encontro

Era uma vez um rapazinho chamado Nuno. Nuno era alto, elegante e robusto. Vivia num casebre. Era um rapaz muito divertido, engraçado e inteligente. Era pobre.
Naquele dia era Natal. Nuno perguntou:
- Mãe, posso ir ver as estrelas e a lua?
-Podes.
Nuno foi ver as estrelas e a lua e passado algum tempo, a mãe chamou-o, para ele ir para dentro de casa.
No dia seguinte, a mãe do Nuno tinha-lhe pedido para ele ir à padaria buscar um pouco de pão. Ia na rua a cantar, a cantar todo contente.
Até que ouviu:
-Pstttt!
-Ah!
-Psttt-Psttt!
-Quem é que fez isso?
-Calma, não te assustes!
-Quem és tu?
-Olá, eu sou a Mónica – disse, mostrando-se.
-Ah! Olá, eu chamo-me Nuno.
-Que fazes por aqui?
-Vim buscar um pouco de pão para eu comer!
Ao longe ouvia-se:
-Mónica, anda, querida!
- Já vou!
- Quem é, Mónica?
- É a minha mamã.
- Ahhh!
-Queres vir ver a minha casa?
-Sim.
Entraram os dois e Mónica mostrou-lhe logo o lugar onde ela brincava. De seguida mostrou-lhe as árvores de fruto e as flores. Por fim sentaram-se os dois debaixo da sombrinha de um carvalho.
Entretanto, Nuno deu conta que já passava da hora de se ir embora e disse:
- Oh, não!
- Que é que aconteceu?
- Já passa da hora de me ir embora.
- CHAU!!!
- CHAU!!! - disse o Nuno apressado.
Assim, Nuno chegou a casa atrasado. A mãe pergunta-lhe:
- Filho, porque chegas atrasado?
- Porque encontrei uma rapariga e ela convidou-me para ver a casa dela. Amanhã ela vem aqui ver a nossa.
- Ah! Está bem.
No dia seguinte a Mónica foi lá a casa dele de manhã.
-Ó Nuno!
-Ahh! Olá Mónica!
Nuno disse que a amava e ela aceitou isso.
Então Nuno, sentiu-se o rapaz mais feliz do mundo.



Marli Alves nº13 6ºB

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

 

Conto Novo

A surpresa desconhecida


Era uma vez, há muitos, muitos anos, uma menina chamada Matilde que era tímida e bonita. Os seus pais eram noruegueses mas
ela era portuguesa, por ter nascido em Portugal.
A família rejeitava-a só por ela ser portuguesa. Vivia na Noruega e lá era muito frio. Podia andar na neve, com um trenó sempre que queria, mas isso não era suficiente para a fazer feliz.
Lá, havia uma serra, que ela dizia que era a serra do castelo.
Ninguém acreditava nela, mas ela podia jurar que para ela a serra tinha um castelo.
Bem, a Matilde nunca o tinha visto mas ela tinha um pressentimento muito forte.
Numa segunda-feira, ela irritou-se com os pais por eles mostrarem que tinham vergonha dela.
A menina, desesperada, fugiu de casa e foi à procura do castelo. Passou por ventos gélidos, mas quando chegou ao topo da serra ela encontrou um castelo lindíssimo.
Entrou nele e viu muita gente feliz como nunca tinha visto.
Dançou, cantou e conversou.
Quando acabou a festa ela foi chamada para conversar com o rei.
O rei disse-lhe que tinha gostado muito dela e ofereceu-lhe uma parte da sua fortuna.
Ela não sabia o que havia de fazer, mas acabou por aceitar.
Mal saiu do castelo foi distribuir a sua riqueza pelos pobres da cidade.
E assim ela passou a viver feliz a ajudar os mais necessitados.


Autor:
Francisco Medina
(Formozem, 7 de Fevereiro de 2007)

segunda-feira, janeiro 08, 2007

 

Conto Novo

Conto Novo

Numa floresta muito colorida havia uma casa de madeira onde vivia o Pai Natal.
O Pai Natal estava cheio de trabalho a embrulhar os presentes.
O Pai Natal era um pouco gordinho, a cara era vermelha, a barba muito branquinha, os olhos azuis-claros e tinha uns óculos redondos e pequeninos que lhe ficavam muito bem. Era parecido com um doutor.
Ao fim do dia o Pai Natal já tinha acabado o seu trabalho e decidiu ir dar um passeio à cidade com o seu carrinho de renas.
As formigas corriam de um lado para o outro a enfeitar os pinheiros.
As estrelas e a lua estavam muito contentes e riam-se, riam-se, até não poder mais. O Pai Natal também estava tão feliz que nem reparou que já era tarde.
Já era tarde e o Pai Natal decidiu ir para casa, mas quando lá chegou as prendas não estavam lá.
- Oh não! Onde estão as prendas? – Perguntou o Pai Natal.
O Pai Natal passou dias, noites e semanas a chorar sem saber o que fazer.
Ao longe ouviam-se os sinos a tocar e a cidade estava a ficar inundada.
-Vamos ajudar o Pai Natal.– Disseram uns meninos que estavam na praça principal da cidade.
Fizeram um plano e dirigiram-se para casa do Pai Natal.
-Truz...! Truz…! – Bateram os meninos à porta.
- Quem é? - Perguntou o Pai Natal limpando o seu nariz
- Somos um grupo de meninos da cidade. – Disse Luís.
- Oh! Minhas criancinhas, entrem! - Disse o Pai Natal.
- Viemos ajudá-lo a encontrar as prendas! – Disse o Carlos.
- Mas como? - Perguntou o Pai Natal.
- Já organizámos um plano para as encontrar. – Disse Diogo.
No dia seguinte o Pai Natal já não chorava, a cidade já estava normal e os meninos puseram mãos a obra.
Já era noite e ainda não tinham encontrado nenhuma pista. Onde estariam as prendas?
- Meninos não querem vir dormir a minha casa? - Perguntou o Pai Natal.
A seguir ao jantar a Sara foi conversar com a Lua.
- Lua, não me queres dizer onde estão as prendas?
A Lua não respondeu nada e Sara foi-se deitar.
Sara sonhou nessa noite que tinha sido a Rainha da Neve quem roubara os presentes.
A Rainha da Neve era uma bruxa muito má que vivia perto da casa do Pai Natal.
Mal acordou, Sara foi a correr contar aos amigos e ao Pai Natal o que sonhara.
O Pai Natal achou que o sonho da Sara era uma pista. Pincharam lodo para as renas do Pai Natal, e foram logo a casa da Rainha. Quando chegaram lá, bateram à porta e entraram.
Ao longe ouviram-se umas gargalhadas:
- Ah…! Ah…! Ah…! - Ria-se a Rainha da Neve com raiva.
- Senhora Rainha, viemos buscar as prendas, que não são suas. - Disse o Carlos
- Nem pensar. – Respondeu a Rainha.
- Olhe, os presentes são para as crianças pequeninas! – Exclamou o Francisco.
A Rainha ao ouvir aquelas palavras ficou tão admirada que deixou levarem os presentes.
As prendas foram entregues e o Pai Natal ficou muito feliz.


Helena Sofia Moura nº11 6ºA

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